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Crónicas da Valéria - Janeiro de 2017



“Ano Novo, vida nova”.
Todos os anos ouvimos dizer sempre a mesma frase, sempre os mesmos anúncios e publicidades banais nos canais da TV, as mesmas celebridades e todos os nossos conhecidos nas redes sociais a desejar um “feliz Ano Novo, este será o melhor deles todos…” – a cada 12 meses, parece que ouvimos sempre o mesmo disco riscado e vemos os mesmos filmes festivos.
1 de Janeiro, 2017. Acordo como sempre, ainda com uma enorme vontade de dormir e fazer absolutamente nada o dia inteiro, visto as mesmas roupas que vestia no ano passado como se tivesse sido ainda ontem (aha), faço a mesma trajetória cozinha-quarto e assim sucessivamente. Parece que nada mudou, e nem fico surpreendida. Até me desfaço a rir quando vejo todos os meus amigos otimistas e com esperança de verem algo mudar.
A escola começa cedo, quase demasiado cedo – mal dando tempo para recuperar do cansaço T E R R Í V E L de não me mexer do sofá durante as férias. Mas, obrigação é obrigação e, por mais que queira dizer que vou para a escola de boa e própria vontade, minto. De manhã quando me deparo com o mesmo portão, as mesmas paredes, as mesmas pessoas, salas de aula – sinto que 2017 é apenas mais um número.
Um ou dois colegas ingénuos aparecem com penteados, roupa e maneiras de serem diferentes, até certo ponto demasiado forçados e quase... plásticos. É como se se mascarassem de algo que não são, apenas em prol do famoso provérbio. E, sinceramente, estou meio caminho andado para ver o meu cérebro de tanto revirar os olhos. Contudo, apesar de achar isto tudo uma macacada, tomo iniciativa de me comprometer a mais atividades e fazer, pelo menos, algo diferente. Inscrevo-me em eventos de voluntariado, abdico de horas de sono de manhã para estar em feiras e outros sítios.
Apercebi-me de que a mudança é pouca. Mas sinceramente está tudo nestes detalhes. Pequenos atos e irregularidades no nosso quotidiano podem realmente mudar muito em nós próprios – mesmo que isso nos prive de mais tempo livre. Então,  depois disto tudo, deixo uma reflexão: A mudança não é estética, mas sim prática.

“Diz menos, faz mais.”

Texto de Valéria Tabacaru - 10º C
Ilustração de Marcela Pereira - 10ºC

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