Uma sociedade frágil - Pontos de vista
A mulher é considerada, por muitos, o
sexo frágil. Relativamente aos homens estas são consideradas como tal,
sentimentais, emotivas, vulneráveis e magoável. Na verdade, o que faz
pensar que são sexo frágil é toda a conjugação
de fatores emocionais e psicológicos que deixam transparecer, se assim
não fosse talvez nem tivessem essa denominação. As aparências realmente iludem.
Desde os primórdios que a Mulher tem vindo a desempenhar uma papel fundamental
até porque é ela que nos trouxe ao mundo todos nós. Somos vários bilhões e dar
à luz implicou e implica muita dor e mortes. Em Portugal a
taxa de óbito neste contexto é relativamente baixa e encontramo-nos entre os 20
países com menos mortes de
recém-nascidos devido aos cuidados materno-infantis.
Nos países desenvolvidos a situação atenuou-se
mas nos restantes, ainda hoje, muitos partes acabam na morte da mãe e da
criança. Este ato de coragem implica abdicar do "corpo perfeito" por
estrias e cicatrizes para trazer ao muno uma nova vidda.
Por muitos séculos todas elas
foram submissas ao homem, passando do pai para o marido, e, sem quaisquer
direito de intervenção social. É importante realçar que em países como o
Afeganistão a mulher ainda é tratada desse modo, como mãe e dona de casa apenas. A tradição aliada à religião é uma das
principais "desculpas" para esta discrimininação. Temos como exemplo
disso os dados da OMS que comprovam que 35% das mulheres (a nível mundial) já
sofreram algum tipo de violência física ou sexual. Por sua vez, a ONU declarou
que metade dos homicídios do sexo feminino no ano de 2012 foram por parte do
parceiro íntimo ou membro da família.
Embora não assumido por
todos, a mulher é peça fundamental no puzzle da sociedade, foram elas que nos
deram vida.
Por muito que em alguns países
subdesenvolvidos se desvalorize e limita liberdade o sexo feminino, não podem
evitar que as têm tantas capacidades como o sexo masculino, revela que, por
saberem disso, não permitem a sua sua emancipação. Um estudo feito em 2012 em Nova Deli, relatou que 92%
das mulheres indianas já sofreu de violência sexual em locais públicos e, 88%
de violência sexual de caráter verbal.
Será mesmo a mulher o sexo frágil?
Fragilidade e insegurança é característica daqueles que têm medo de ser
ultrapassados, e por isso, inibem o crescimento do sexo oposto, sentindo-se
assim superiores.
O desenvolvimento das
mentalidades tem vindo a combater o machismo e evidenciar que somos igualmente
capazes. Malala, uma jovem do Paquistão, que ambicionava estudar foi baleada na
cabeça, porém não desistiu e é hoje uma defensora dos Direitos das Mulheres,
tendo ganho um nobel da Paz aos 17 anos. Infelizmente muitas mulheres têm
perdido a vida a lutar pelos seus direitos naturais. Embora ainda haja muito a
fazer, o nosso país tem umas das mais altas taxas de emprego do sexo feminino
da UE constrastando com o desemprego que é superior nas mulheres.
Apesar disso ainda hoje prevalecem
valores como "és o homem da casa, tens de impôr respeito" e "és
mulher e fica feio".
Desde quando um cromossoma decide os
nossos direitos? Não seremos todos dignos? Desde que sejam cumpridos os deveres
e não se desrespeite outrém somos igualmente merecedores.
A
mulher é mais que mãe e dona de casa, é um ser humano. É bem mais que
isso. É o pilar da casa, muitas vezes. Para além disso, tal como os homens, a cada
mulher é diferente e nem toda a força é física.
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