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Encontro com o escritor António Brito


António Brito brindou-nos com uma empolgante sessão, a qual teve como única adversidade a falta de tempo para o que os presentes desejavam: mais…
O escritor, conjugando uma postura de grande serenidade com um notório entusiasmo, falou-nos dos seus dois livros cativando quem o ouvia e deixando genuína vontade de ler estas histórias que sendo ficção se cruzam com a realidade de inúmeros homens que viveram a guerra na primeira pessoa.
A audição de um excerto do livro Olhos de Caçador constituiu um dos momentos altos deste encontro . Foi deveras emocionante.
Poderá ouvir esse e outros excertos audio aqui.

Sobre Olhos de Caçador ficámos a saber que tem por protagonista um soldado do exército português chamado Zé Fraga. Este foi alistado e mobilizado compulsivamente para a guerra colonial em Moçambique, após ter sido preso por praticar contrabando e servir de passador de emigrantes na fronteira com Espanha.
É provavelmente este seu passado que fará dele um soldado com mais facilidade em se adaptar à dureza do mato africano, sendo temido pelo inimigo, e uma referência de coragem e liderança para os soldados da Companhia.
Em O Céu não Pode Esperar, o autor conta-nos a história do tenente Romão, um aviador que se despenha em Moçambique quando o seu avião é atingido por um míssil terra-ar. Aí tropeça no rasto de outro português, agente do rei de Portugal, que por ali passou séculos atrás. Esta descoberta arrasta-o do passado para o futuro seguindo uma enigmática pista, anteriormente perseguida pela Inquisição. Envolve-se numa perigosa cruzada onde se entrelaçam o insólito e o inexplicável, a política de Estado e as intrigas das organizações clandestinas, a procura do sagrado e o conhecimento profano. Descobre que o mesmo céu que percorreu de avião, foi durante séculos alvo do interesse de outros homens com outros propósitos. Movidos pela força da fé e a curiosidade da razão, afrontaram os fanáticos dos dogmas e da ordem estabelecida. Neste livro, cruzam-se a ciência divina do Novo Mundo e o obscurantismo religioso, a Restauração da Independência de Portugal e a herança judaica, os inimigos da Revolução de Abril e a política da Santa Sé. Quando a admirável verdade irrompe, tudo faz sentido, tudo se harmoniza, até o censurável amor, coisa admirável de acontecer.

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