Dulce Pontes, hoje, em Portimão
‘O meu porto do Graal’, in ‘O coração tem três portas’, 2006 Letra e Música: Dulce Pontes. Dueto com Uxia.
Conforme o Notícias tem vindo a anunciar, chegou a grande noite: é mais logo, pelas 22h, na zona Ribeirinha de Portimão, por ocasião do Festival da Sardinha.
Goste-se, ou não, Dulce Pontes é a referência máxima da música e da cultura portuguesas e isso nem o silêncio a que a maior parte da imprensa vota a sua estrondosa carreira além-fronteiras é capaz de negar. Embora o gostasse de fazer, sejam lá quais forem as razões.
Comummente associa-se o seu percurso à ‘Canção do Mar’ e aos seus passos que seguem o caminho que Amália fez. Se por um lado é elogiosa essa aproximação com Amália Rodrigues, por outro, revela um profundo desconhecimento do louvável trabalho de pesquisa das nossas raízes culturais e do amadurecimento enquanto artista: Dulce Pontes escreve, compõe e produz e poucas serão as grandes ‘estrelas’ da música nacional que demonstram esta completude e esta entrega à música.
Falar de Dulce Pontes é falar de conhecimento, sensibilidade, simplicidade, entrega e identidade. Falar de Dulce Pontes é dizer genialidade.
Infelizmente, como quase sempre acontece, o devido, merecido e obrigatório reconhecimento virá quando dela apenas ficar o legado único que tem para nos deixar. E será demasiado tarde.
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