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Narrativa Original–“A Guerra na Quinta”

                    Algures na América do Sul, norte da Colômbia, existe uma grande quinta com animais muito felizes, mas que não gostavam do dono da quinta, pois este era uma pessoa mesquinha, egoísta e com falta de carácter.

                   Certa manhã, esse homem chamado de Baltimore, parou de alimentar os seus animais. Na quinta havia três animais muito importantes, os chamados de heróis da quinta. O porco chamado Freddy Maluco, a ovelha chamada Bety e chefe que era um bode chamado Trótil.

                    Freddy era um porco muito magro, o que não é normal, era doido da cabeça e também um grande fã de desportos radicais. A Bety era uma ovelha muito atraente que tirava vantagem disso. O Trótil, o bode, era o animal mais conhecido da quinta, musculado e corajoso.

                    A quinta estava farta do Baltimore e os animais decidiram raptá-lo e levá-lo dali para fora. Embora os animais quisessem pôr em prática esse plano, o mesmo ia ser muito difícil, pois Baltimore era um humano que possuía armas brancas e armas de fogo. Então, os bichanos da quinta decidiram fazer uma reunião no estaleiro, à noite, quando Baltimore estivesse a dormir. Quatro horas depois de tomada a decisão, lá estava toda a bicharada no estaleiro, em grande algazarra.

­­                   - Silêncio! – Disse o cão Tiago, que estava a organizar o debate, o melhor amigo de Baltimore, pelo que nem todos os bichos gostavam dele.

                 - Que comece o debate sobre a expulsão do nosso dono. Dou a palavra a Trótil.

                 - O que eu acho é que devíamos todos nos entreajudar para o expulsar. – Disse Trótil, com muita bravura.

                - Apesar de ele ser uma má pessoa que não nos sabe ajudar e cuidar de nós, acho que não o devemos raptar, nem mesmo expulsar, pois a única coisa que ele tem é esta quinta e nós. – Disse Bety.

               Passaram a noite toda a discutir se deveriam expulsar Baltimore, o mesquinho dono da quinta.

             Finalmente, após uma longa noite, pois aquele debate era muito importante, chegaram a uma conclusão. Decidiram que o mesquinho humano iria ser raptado. Passada uma semana, já estava tudo planeado. E o plano seria este: Baltimore acordaria de manhã bem cedinho, como de habitual, e verificaria que não estavam animais no exterior. Então, ele iria ao estaleiro e mal entrasse, levaria um coice e ficaria inconsciente. A partir daí, seria levado até à cidade, onde entraria num autocarro para a América do Norte.

            No dia do rapto, Baltimore saiu de casa e verificou uma coisa muito estranha.

            - Mas para onde foram os animais? – Disse ele. - Ah vou ver se estão no estaleiro.

           Mal chegou ao estaleiro, levou um coice de Trótil. Entretanto, o resto dos bichos levou Baltimore até ao carro e enfiaram-no no porta-bagagens. Até então, tudo corria como planeado. Os três heróis entraram no carro e lá foram eles. A conduzir ia o Freddy Maluco, e todos sabem que não é muito boa ideia deixar um animal conduzir um carro, ainda por cima um animal chamado Freddy Maluco.

          De repente, Baltimore acordou.

        - Para onde me estão a levar?

        - Cale-se! – Disse o Freddy.

        - Mas vocês falam? Quem são vocês, uns aliens vestidos de animais?

        - Não, somos só animais que falam, você é que nunca nos ouve a falar.

        - Porque é que me estão a raptar?

        - Porque você nos trata mal.

        - Mas esperem, o que é que vocês querem?

        - Nós só queremos que nos trate bem.

         E assim tudo voltou ao normal: os animais ficaram amigos de Baltimore, e aquela quinta passou a ser uma quinta feliz!

João Viana, 7.º I, n.º 8

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