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Comenius “Minorities in Europe” ou a babel do entendimento

 

Foi de uma semana a aventura. Uma semana plena e nada mais vale a pena acrescentar, pois tudo cabe no adjetivo.

A inicial ansiedade, a inicial incerteza, o medo inicial foram dissipados logo no momento da chegada, ainda no aeroporto, onde nos aguardavam os nossos anfitriões húngaros e a entretanto chegada delegação francesa. Minutos depois chegaram os amigos italianos e uma hora após, vindos de comboio, porque o avião mete medo a muita gente, recebemos os colegas e alunos alemães. Após os cumprimentos, rumámos a Baja, no sul, a três horas de autocarro  de Budapeste, onde todos nos havíamos encontrado.

E foram três horas marcantes para nós, portugueses, que não havíamos dormido na noite anterior, uma vez que, no autocarro, o clima era de camaradagem, como se todos nos conhecêssemos de há muito e nos estivéssemos a reencontrar após prolongada ausência.

Era tarde quando Baja nos recebeu. As ruas pareciam sombrias sob a chuva miudinha que caía e um leve nevoeiro que se formara. Não se via vivalma, a vida éramos nós e o desassossego das malas e das recomendações aos alunos, que íamos deixar e com quem só voltaríamos a estar na segunda feira seguinte.

Caminhamos para o hotel. Uma pequena pensão, discreta, simples, mas digna e perfeitamente capaz de satisfazer a nossa maior exigência: descansar, coisa que pouco fizemos, dada a exímia organização húngara, que em tudo pensou.

A semana foi passada entre o trabalho na escola e os passeios a pequenas cidades nas imediações, por serem elas o trilho das minorias que (en)formaram a sociedade húngara do sul, tema central do projeto nesta escola.

Desde provas gastronómicas, a provas de vinho, especialmente criadas para nós, a visitas a armazéns de museus por inaugurar, a danças típicas, a animados jantares e alegres cantorias, tudo aconteceu nesta semana.

Mas não foi isto que fez a diferença. Essa encontrou-se na empatia imediata que se criou entre pessoas tão diferentes. Encontrou-se na língua comum da nossa comunicação, que mais não foi do que a mistura de todas a línguas que conhecíamos. Encontrou-se na despedida emocionada em Budapeste, quando todos tivemos de regressar à nossa vida que nos esperava.

A todos, köszönöm!

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