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Crónicas da Valéria - Abril de 2017


Antes de mais, bom dia; boa tarde, bonjour, hola, good evening, привет. De onde quer que estejas a ler isto, em que língua, a que hora; hoje iremos abordar um assunto mais. . . abstrato. Este assunto será Prazer vs Necessidade. Parece fácil não é? 
Então, este mês foi bastante normal. As primeiras duas semanas de férias souberam a todos pela vida; com praia, bastante sol, amigos, e cheirinho a Verão. Contudo, como sempre, este tempo bipolar não se contenta apenas com uma coisa só. Mal começou a escola veio a chuva, as nuvens, e lá tive eu de descer à arrecadação outra vez para ir buscar casacos e sapatos quentes que já tinha antes guardado com um sorriso enorme na cara. Ora sol, ora chuva. Estas mudanças no tempo quase que afetam a minha disposição. . .  Aliás, afetam mesmo. Só me apetece ficar em casa, a fazer nenhum; ao invés de sair ou para apanhar uma insolação ou para pescar mais uma deliciosa constipação, mmmmh sim, maravilhoso. 
Bem, nos dias de sol venho a pé para a escola de manhã e, como ainda é um caminho consideravelmente demorado, dá-me um FLASH! no cérebro, e fico a pensar. . . Será que estou a ir para lá por prazer, ou necessidade? Realmente isto, pensando melhor, aplica-se a uma vastidão enorme de coisas simples que fazemos já sem pensar. Comer; ler; frequentar a escola, trabalhar para projetos propostos, escrever, entre outros. O que é que entendemos por fazer algo por prazer? 
Sinceramente não quero afirmar nada certamente, porque as minhas ideias são apenas ideias. . .Bem, minhas; e a última coisa que vim cá fazer foi afirmar verdades a vocês. A minha perceção da coisa é que quando fazemos algo por prazer, fazemo-lo completamente por opção nossa, e desfrutamos de cada momento. Por outro lado, necessidade é algo ao qual somos obrigados. CONTUDO, tenho algumas dúvidas. Podemos confundir prazer com necessidade, ou até conciliá-los?  
Comecemos com um exemplo fácil; comer. Comemos por necessidade, claro, pois é essencial para a nossa vida. Mas também podemos dizer que comemos por prazer. Aquele bolo lá dentro do frigorifico tem um aspeto diviiiiiiinal. O que foi? Não tens fome? E isso impede-te de ir lá dar uma trinca na sobremesa achocolatada? Claro que não! Até agora, fácil. 
Passemos ao próximo exemplo, trabalhar. Muitos adultos queixam-se dos seus trabalhos e de como estão fartos de trabalhar as suas vidas inteiras para receber uma miséria de um salário ao final do mês. Mas mesmo assim, conheço algumas pessoas que se levantam TODOS os dias às 7 da manhã e seguem para o seu trabalho com a maior das felicidades. Estas mesmas pessoas são mais felizes, pois conjugam a necessidade com o prazer. 

E sabem de outra pessoa que também faz o mesmo? Eu conheço. Ou pelo menos acho que sim. Essa pessoa sou Eu. Ou até tu, ele, eles; qualquer um, qualquer pessoa que consegue tornar a rotina em uma fonte de prazer.  Pessoalmente, faço-o ao escrever. Escrevo por uma necessidade de partilhar os meus pensamentos com vocês, mas também alimento a minha própria felicidade ao fazê-lo. Mas, qualquer um consegue! Pensem só. Suponho que cada um de nós tenha algo rotineiro que fazemos por absoluta obrigação. O meu conselho, (por mais simples e rudimentar que seja) é encontrar algo nessa obrigação que gostem de fazer. Vá, ou então o que menos odeiam fazer. Em tudo na vida existe um sentido, nem que seja caminhar diariamente até ao supermercado. Ao longo do caminho encontram sítios que vos agradam, passam por pessoas com quem desenvolvem uma amizade. No fundo, é necessário *Tirar o Sumo* daquilo que fazemos, sempre! Tornem uma necessidade num prazer, ou um prazer numa necessidade agradável e voluntária. Por hoje é tudo, ou pelo menos da minha parte. Deixo-vos então a pensar, e espero que este “desabafo” não tenha sido apenas um aborrecimento para vocês, mas um “heads up".

Texto de Valéria Tabacaru - 10ºC

Coordenação e revião professor Fernando Ildefonso

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