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São contos, senhores…

“Este era o conto que eu queria contar. Tenho muita pena de não saber escrever histórias para crianças. Mas ao menos ficaram sabendo como a história seria, e poderão contá-la doutra maneira, com palavras mais simples do que as minhas, e talvez mais tarde venham a saber escrever histórias para crianças…”

A maior flor do mundo, José Saramago

Após a leitura do conto de Saramago, na turma J do 7ºano, desafiei os alunos a seguirem o autor. Redigidos e ilustrados os contos procedeu-se à seleção dos três melhores, através de votação pelos próprios alunos. Infelizmente já não podemos dá-los a conhecer ao Nobel, mas os leitores do Notícias do Gil irão apreciá-los certamente. Aqui se podem ler os três mais votados (António Protásio, Carolina Lopes e Mariana Gonçalves) , a cujo conjunto se adicionou mais um (Ana Carvalho) por a professora considerar que merecia figurar nele.

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Professora Margarida Pereira

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Numa tarde de verão, o menino decidiu explorar a floresta que rodeava a sua casa. Sem avisar os seus pais, nem os seus amigos, arranjou um pequeno lanche e partiu à aventura.

Percorreu alguns metros e logo deu conta da frescura que as árvores, os arbustos e as flores lhe ofereciam. Ah, como se sentia bem, resguardado do calor imenso que fazia nesse dia!!

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A vegetação era verde e densa com tons de amarelo. No meio dela havia uma cascata que descia rapidamente pelas pedras irregulares, formando um lago quase aos seus pés. Parecia uma pintura!

Estava o menino distraído a observar a bela paisagem, quando se depara com um pardalinho que, saltitando, se aproxima descaradamente. De imediato, impedindo a sua fuga, o menino desembrulhou a sua sandes de marmelada e queijo. Tirou um bocadinho de miolo e atirou-o para junto do atrevido pardal. Atirou mais um bocadinho, e outro, e mais outro e já a sua sandes ia a metade quando a proximidade dos dois se instalou.

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Foi com espanto que o rapaz reparou que na patinha direita do pardalito havia um papel que, com certeza, seria uma mensagem. Com cuidado, para não o assustar, pegou-lhe, e acariciando-o retirou o dito papel. Ainda não o tinha desenrolado, já o pardal voara…

“estou perdido, junto de um rio, socorro!”

De imediato, correu na direção do rio, pois conhecia a floresta como as suas próprias mãos. Tinham sido muitas horas, muitas tardes sozinho ou com amigos a brincar nesse espaço.

A poucos metros já avistava o rio e também o rapaz que pedira socorro. Estava já acompanhado, fazendo uma “festa” com aqueles que o tinham encontrado.

No entanto, não deu a sua ajuda por acabada, porque numa pequena flor colorida estava adormecida, uma joaninha. Mas que espanto! Esta joaninha não era vermelha, nem tinha pintinhas pretas. Era uma joaninha azul com umas asas douradas que brilhavam como o sol. Que linda que era!

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Mas estava imobilizada, não se mexia. A sua asinha estava pendurada e incapaz de a transportar dali. Com muito cuidado, recolheu a pobre e frágil joaninha e levou-a consigo até sua casa onde, com a ajuda dos pais, que já estavam bastante preocupados com a sua demora, tratou carinhosamente desta linda criatura. Em poucos dias recuperou e apesar de a deixar livre, ela não partiu.

Até hoje, a joaninha vive no jardim de sua casa, pousando de flor em flor, agradecida para sempre.

FIM

Mariana Gonçalves nº-25 7º-J

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