Narrativa Original–“A Aventura dos Doces”
Era uma vez uma casa velha e pobre onde moravam dois irmãos abandonados que se chamavam David e Diogo. O David era pequeno, tinha olhos azuis e cabelo castanho encaracolado. Ele era muito inteligente e malandro. O Diogo era um bocado mais alto do que o seu irmão, tinha olhos castanhos e também cabelo castanho. Era muito engraçado e também malandro, como o seu irmão. Ambos sonhavam um dia comer gomas e muitos doces. Como eram pobres, não o podiam fazer.
Um dia, quando o sol brilhava, o David teve uma ideia excelente. Disse ao seu companheiro que deviam fazer uma viagem, uma aventura onde pudessem descobrir algo misterioso. Então, no dia seguinte, seguiram viagem. Começaram a andar e, de repente, viram uma cobra a aproximar-se deles. O Diogo, certamente devia procurar um pau, mas rodeado de deserto não havia onde o pudesse encontrar. Os dois irmãos, por esta razão, começaram a correr em direção a uma floresta muito misteriosa, pois não tinham outro lugar onde se esconder. Conseguiram fugir da cobra, mas ficaram perdidos, pois a árvores eram todas iguais e o caminho era infinito.
Mais tarde, quando andavam à procura de alimento, viram um coelhinho com um chapéu. O chapéu era feito de doces de muitos tipos diferentes, tinha rebuçados e muitas gomas. O animal era estranho, no entanto, eles seguiram-no até um lugar escondido. Era uma árvore muito velha e sem folhas. Entraram sorrateiramente, atrás dele. O coelhinho era amarelo, tinha a cauda às riscas cor-de-rosa e vermelhas e era muito peludo. O animal não sabia que estava a ser perseguido. Então, passado algum tempo, o coelhinho entrou numa outra árvore que ali estava. Os irmãos acharam estranho, mas cheios de curiosidade foram atrás dele. Entraram nela e… PUF! Durante três segundos apareceram noutro sítio.
Tinham-se afastado do animal, e já não sabiam que fazer. Estavam num lugar cheio de chocolate, fontes e fontes feitas de chocolate. Havia cadeiras, mesas, casas, tudo de chocolate. Aquele era o país do chocolate. Os meninos, sem resistir à tentação, comeram e comeram chocolate e encheram-se rapidamente.
Viram uma velhinha que andava por lá, vinha de uma pequena fonte, seria provável que fosse buscar alimento. Os rapazinhos, como estavam perdidos, foram depressa pedir ajuda. Bateram à porta – TRUCK, TRUCK! - A senhora abriu a porta e perguntou:
-O que querem seus comilões?
-Nós precisamos de ajuda. Seguimos um coelhinho muito engraçado e fofinho e viemos aqui parar. Estamos perdidos.
Então a velhinha disse:
-Ah…Está bem, podem entrar.
E eles, muito agradecidos, disseram ao mesmo tempo:
-Obrigado, que simpatia da sua parte.
Então entraram na casa da senhora. Ela chamava-se Júnite, tinha cabelo curto branco, um olho castanho e outro azul e também era muito simpática e querida. Passados alguns dias, foram-se embora, porque queriam regressar a casa. Despediram-se com muita pena de Júnite, porque era uma mulher fantástica, e foram à procura do coelhinho que os trouxera até ali. Andaram muito quando, subitamente, ouviram uma coisa a ressonar: era o coelho a dormir.
Os irmãos tocaram nele, acordaram-no e o coelho disse:
-O que foi meus meninos?
-Nós seguimos-te e agora estamos perdidos. Podes ajudar-nos?
-Claro que sim e, já agora, o meu nome é Rabit. Sigam-me!
Então foram atrás dele, até que apareceu um grande tigre feito de chocolate. Os dois irmãos subiram rapidamente para uma árvore e, quando o tigre se concentrou no coelho, saltaram-lhe para cima e comeram-no num abrir e fechar de olhos. Rabit, muito agradecido, levou-os para uma pedra invulgar, onde o coelho lhes disse para entrar. Passados três segundos… PUF! Apareceram noutro sítio.
Aquele lugar era feito de pipocas, montes e montes delas. Era o país das pipocas.
O coelho tinha ido para outro lugar. Assim, sem a presença do Rabit, ficaram muito preocupados, porque sem ele não tinham como sair dali. Mas a preocupação não os impediu de comer pipocas. E foi o que fizeram. Depois de estarem cheios, e sem lugar para onde ir, foram bater à porta de uma casa isolada:
-TRUCK! TRUCK!
-Quem é? - Respondeu um homem.
-Somos uns meninos pobres e sem sítio para onde ir. Pode-nos ajudar?
O homem, como era muito simpático, deixou-os entrar. A casa era muito bonita, requintada e limpinha. O homem era loiro, tinha olhos brancos, era muito pequeno e tinha um ar engraçado. Chamava-se Pipo.
Embora Pipo os tivesse deixado ficar, no dia seguinte tinham de ir embora. E assim foi. Passaram por florestas e florestas de pipocas até que, conseguiram encontrar um buraco onde podia existir uma passagem secreta. O David e o Diogo entraram e, passados três segundos PUF! Apareceram. Mas naquele sítio não havia nem chocolate nem pipocas, estava tudo misturado: havia muitas gomas, rebuçados e chupa-chupas. Os pequenos irmãozinhos comeram de tudo, um bocado de chocolate gigante, pipocas do tamanho de árvores e muitas outras coisas. Aí encontraram o coelho, que tinha mudado de rota, pois o seu poder falhara. Aquele lugar era espantoso e diferente, porque era de tudo feito com doces variados. As casas tinham teto de pipocas, as portas eram de chocolate e tudo o resto era feito de gomas e rebuçados. Decidiram lá ficar muito tempo, arranjaram novos amigos, novos pais, começaram a ir à escola e ficaram com o Rabit como animal de estimação.
Passado cerca de um ano, os irmãos perguntaram ao seu animal se poderiam voltar para casa. O coelho aceitou a sua proposta e ajudou-os a retomar o caminho para casa. Eles despediram-se de todos e seguiram viagem.
No caminho, os pobres coitados dos irmãos tiveram de comer mais animais perigosos, enfrentar obstáculos e comer doces.
Chegaram a casa muito tarde e cansados. Agradeceram ao coelho e prometeram-lhe que iriam voltar lá. Os irmãos ficaram felizes, realizaram o seu sonho e em breve regressaram ao mundo dos doces, vivendo felizes para sempre.
David Leandro, 7º I
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