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Crónica - Tráfico de Elefantes

O tráfico de elefantes tem vindo a aumentar significativamente. Será possível esta espécie deixar de existir no futuro?

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Hoje em dia, os elefantes encontram-se ameaçados pela perda do seu habitat e pela caça ilegal. O marfim ,que vem dos seus dentes, é usado em vários materiais e objetos utilizados pelo homem no seu dia a dia. Para além do marfim, também são traficadas outras partes do corpo, tal como a pele. Cada vez mais são comercializados estes materiais ilegalmente, o que poderá causar um dia o desaparecimento dos elefantes.

Os elefantes vivem normalmente em manadas. Cada uma representa uma família. Este animal, em África, habita zonas como florestas e savanas. São animais herbívoros. Em média, um adulto necessita de ingerir 140 Kg de vegetação para sobreviver. O peso das suas crias pode chegar aos 80 Kg. Por volta dos 60 anos, o elefante perde os seus dentes molares, fato que o impossibilita, assim, de se alimentar, levando-o à morte.

clip_image002[6]Em 2009, registou-se, em vários países de origem africana, um aumento significativo do número de elefantes abatidos por caçadores. Temos o exemplo do Parque nacional de Amboseli, no Quênia. 0s mil e quinhentos elefantes que habitavam aquele espaço protegido viveram sempre sem ser incomodados pelos traficantes de marfim e pelos caçadores clandestinos.

Julius Kipng’etich, o diretor de Serviço de Vida Selvagem do Quênia aponta o dedo à China, “-O problema no Quênia é um mercado interno que foi criado por cidadãos chineses que recebem da própria china pedidos de marfim africano. Noventa por cento de todo o marfim que intercetámos nos nossos aeroportos ou em trânsito de países vizinhos estavam a ser transportados por Chineses.”

O Professor Peter Younger, que trabalhava na unidade de Interpol de combate ao crime contra a vida selvagem, disse que a situação começa a tornar-se alarmante - ”Em maio deste ano apreendemos 6,3 toneladas de presas de marfim no Vietname. Cerca de duas semanas mais tarde, apreendemos 3 toneladas e meia de marfim nas Filipinas e 1 tonelada na Tailândia. Portanto, ao todo, apreendemos cerca de 12 toneladas de presas de marfim num período de seis semanas este ano.” Por outras palavras, isso é equivalente a mais de dois mil elefantes mortos. Visto que o objetivo dos caçadores são as presas, os animais que não as têm, graças a uma mutação genética, têm sido favorecidos. O processo involuntário resultou numa seleção artificial dos elefante, lavando a que os animais sem presas passem de 1% do total a representar, em certas zonas, cerca de 30% dos indivíduos.

clip_image002[8]Na infância nós pensamos que o elefante é uma espécie de urso de peluche, com quem podíamos passar a vida. Mais tarde, apercebemo-nos que não é bem assim. O elefante é um animal magnífico, com um grande esplendor, no entanto, parte da nossa população só vê ou quer ver o valor material. Possivelmente daqui a uns anos, as crianças já não vão poder imaginar o elefante como um amigo, pois ele já não vai existir se os caçadores e negociantes de marfim continuarem o tráfico deste belíssimo animal.

Inês Santos nº 14 e Júlia Varela nº17 (alunas do 8ºF)

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